Um post aqui do Dido Brasil é particularmente popular: trata-se de Dissecando Safe Trip Home (reveja aqui). É um (longo) texto sobre o processo de gravação do último álbum lançado de Dido, lá em 2008. A 'biografia' do álbum estava disponível no site oficial, e eu o havia traduzido e publicado aqui.
Dias atrás, ao verificar o mesmo, me vejo diante da biografia de Girl Who Got Away! Não tinha jeito, não podia simplesmente publicar o link aqui e falar para vocês lerem. Isto exigia uma tradução completa, que me empenhei em fazer neste final de semana e manhã de segunda-feira. Por se tratar de uma tradução amadora, peço desculpas aos leitores que tenham achado alguma divergência do texto original, mas acredito que o sentido original foi mantido. Espero que gostem! :)
BIOGRAFIA DE 'GIRL WHO GOT AWAY'
Quatro anos depois que o aclamado pela crítica ‘Safe Trip Home’ se tornou o terceiro álbum de Dido a vender mais de um milhão de cópias, levando-a a um total assombroso de 29 milhões de discos vendidos em sua carreira; a Londrina está de volta com seu quarto álbum.
E não é exagero dizer que ‘Girl Who Got Away’ pode ser seu melhor disco até agora. Estas são músicas de provocação, esperança e desilusões amorosas que farão o planeta se apaixonar por Dido mais uma vez.
Ao gravar ‘Girl Who Got Away’, Dido se parecia bastante como quando fazia ‘No Angel’, seu primeiro álbum que continua a ser um dos discos mais vendidos do mundo neste século. Assim como o debut que conquistou o mundo, o novo álbum foi construídos entre suntuosas ondas de eletrônica, a suavemente poderosa voz de Dido e uma leva de músicas notavelmente memoráveis. Caloroso, evocativo e prestes a explodir com a emoção das pequenas coisas da vida; ‘Girl Who Got Away’ é tipicamente Dido: ao mesmo tempo moderno e atemporal.
Aliás, como ‘No Angel’ (e também o seguinte, ‘Life for Rent’, de 2003), a maioria das músicas reconfortantes foram escritas e produzidas por Dido e seu irmão, o fundador do grupo Faithless, Rollo Armstrong. E, assim como nos velhos tempos, ela trabalhou sem realmente imaginar que as pessoas iriam ouvi-las algum dia.
“Foi um disco incrivelmente divertido de se fazer”, ela sorri ao dizer. “Não havia pressão alguma sobre mim. Foi tudo bem fácil e espontâneo”. Dido se esbaldou, fosse trabalhando sozinha na mesa de sua cozinha ou ao lado de colaboradores de confiança, como Brian Eno, Jeff Bhasker, Rick Nowels, Greg Kurstin e, é claro, com Rollo em vários estúdios privados e quartos de hotel em ambos os lados do Atlântico. “Em cada um dos discos que fiz, houve dias bem difíceis”, ela diz, “mas não houve nada como aquilo neste aqui”.
Grande parte do álbum foi escrito e gravado antes do verão de 2011 quando, não muito tempo depois de ter recebido a nomeação ao Oscar para ‘If I Rise’ (música tema que ela fez com A. R. Rahman para o filme 127 Horas); Dido e seu marido tiveram seu primeiro filho.
“Eu escrevi tudo deste álbum antes de ficar grávida”, ela conta, “e na verdade a maioria daquilo foi gravado enquanto eu estava grávida. É bem engraçado lembrar de quando eu estava cantando aquelas músicas. Como em ‘Girl Who Got Away’, eu me lembro de que o bebê estava me chutando ao ponto de eu achar que ia cair da cadeira!”
Um otimismo inconfundível brilha ao longo do álbum, que Dido finalizou ao fim de 2012 após ter tomado um ano para se dedicar à maternidade. Esse pensamento positivo está na encantadora ‘Go Dreaming’; no ode ao amor verdadeiro que é o primeiro single do álbum, ‘No Freedom’; e na movente ‘Let Us Move On’, que traz uma participação do rapper Kendrick Lamar. E o álbum se incandesce brilhantemente na adorável redenção ao folk, a autobiográfica 'Sitting On the Roof Of The World'.
Mas para não dizer que é tudo doçura e luz, Dido certamente ainda preserva sua perícia em disfarçar uma letra afiada com uma melodia sedutora. Logo, a propulsiva 'End of Night' pode soar como uma das músicas mais otimistas dela, mas, na verdade, é uma bem rancorosa sobre um fim de relacionamento. 'Blackbird', por outro lado, é deliciosamente desanimadora.
E o título do álbum? "É uma das minhas músicas favoritas do disco", ela responde. "Mas acho que ela também resume estes últimos anos para mim. Dando uma afastada de tudo e partindo para ter toda uma feliz aventura de começar uma família e fazer um álbum que eu realmente me orgulho. E agora eu mal posso esperar que as pessoas o ouçam."
Ela pode ser a girl who got away ["a garota que fugiu"]. Mas não tenha dúvidas, Dido está de volta.
 |
| Girl Who Got Away sai em 4 de março |
Um comentário:
Parabéns pelo blog! fico feliz de encontrar outros fans da Dido aqui no Brasil, especialmente divulgando o trabalho dela com informações precisas e tão bem escrito.
Adorei o "Dissecando...você fez tb com o Life for Rent? não achei aqui e é um dos CDs que mais gosto.
Abraços
Elaine
Postar um comentário